segunda-feira, 28 de novembro de 2011

"A república do Cortiço"

O Rio de Janeiro, em, meados de 1900, devido à falta de uma estrutura de tratamento de água e esgoto, passava constantemente por uma série de epidemias que já se tornavam notícias típicas na cidade.A falta de insalubridade e condições básicas de tratamento de saúde faziam, principalmente da área do centro, um barril de pólvora para proliferação de várias doenças.


 Outro fator que agrava mais ainda essa situação era o grande crescimento populacional que originava-se também na entrada de imigrantes que vinham pelo porto da cidade oriundos de várias partes do país e do globo. Incentivados pro uma perspectiva de oportunidades (já que não mais as relações de trabalho no país eram escravistas) esse contingente populacional acabava se alojando de forma totalmente irregular em cortiços e outras construções populares que se espalhavam pelas principais vias de acesso da município.





 Os cortiços se tornavam cada vez maiores e populares que alguns eram ocupados por milhares de famílias, muitas vezes possuindo uma organização política e social própria, o que autor José Murilo de Carvalho em sua obra "Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi" chama de "A república dos cortiços". Virando até tema de um famoso livro da época, "O cortiço" de Aluísio Azevedo com toda a sua dinâmica interna, muitas vezes alheia aos outros acontecimentos da cidade.

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